Era preciso o corpo olhar para fora
A série traz um conjunto de paisagens vistas pela janela de diferentes museus históricos. Como que num respiro desse corpo imerso numa arquitetura imponente e determinante, as fotografias estabelecem um diálogo com a pintura, com a ideia de quadro, e são produtos de um olhar deslocado que busca recuperar uma outra paisagem esmaecida por cortinas e, por vezes, desfocada pelo dispositivo museológico.
As imagens são captadas por trás de blackouts que filtram a incidência de luz nas salas expositivas e direcionam nossos olhares para dentro do espaço. As fotografias se aproximam de aquarelas e alteram tanto a linha do horizonte, comumente usada pela tradição da pintura, quanto seu ponto de foco. Convidam assim o espectador a se aproximar ou se afastar dos quadros, para reencontrar essas paisagens.
Fotografia [2018]
pigmento mineral sobre papel 100% algodão,
moldura em madeira natural, com vidro.
24 x 36 cm (edição de 5)