A paisagem, sobretudo vista de dentro, tem me convidado a refletir sobre algumas mediações: um vidro, um reflexo, um espaço entre, uma imagem impossível que se forma desse híbrido daquilo que há dos dois lados.

Meus trabalhos mais recentes tem dedicado uma atenção especial à paisagem a partir de um gesto ou rastro que interfere, modifica e fragmenta a paisagem que está do outro lado.

Esse trabalho foi realizado ao longo de um processo de imersão em uma reserva da Mata Atlântica, na Serra da Mantiqueira em janeiro de 2021. Período em que pude esgarçar experimentações com materiais como vidro, telas, filtros, voil, película, e lentes que deixam passar a luz ao mesmo tempo que transformam uma cena. Busquei projeções que se formam como membranas, uma imagem-reflexo que reinsere a paisagem, criando películas que são ao mesmo tempo obstáculo e mediação

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Dimensões variáveis

Fotografia e vidro sobreposto

Peça 1 e Peça 2 [únicas]

Não possui tiragem